Quando você viaja, um dos recursos mais valiosos para planejar cada destino é o testemunho de quem lá esteve. Para isso serve a cervejinha com o amigo ou a conversa com o colega de quarto no trem. Esta 'conversa-fiada', no entanto, pode ser traiçoeira na medida em que o interlocutor tem sua própria subjetividade e pode levar o viajante a tomar decisões equivocadas. Pensando nisto, estive mapeando e dando pesos para os interlocutores que experimentamos no primeiro mês e pouco de viagem e a seguir apresento os primeiros resultados deste levantamento científico muy çério. As formulações matemáticas estão apresentadas [entre colchetes] seguidas de documentação apropriada:
1) Patricinha e/ou Mauricinho (cuícos): [1/opinião]
Basta inverter todas as opiniões 100% e você terá o guia do mochileiro fidedigno;
2) Peixe Grande: [opinião/2]
Para aqueles que fazem o tipo pescador, contando um conto e aumentando um ponto, basta dividir a opinião por dois, diminuindo a ênfase adotada. Imperdível é legal, Legal é ok, e assim por diante;
3)Nórdicos inexpressivos: [opinião x 2]
Muitos alemães, escandinavos e ingleses na região. Como são povos menos expressivos que o nosso tom latino habitual, basta pegar aquele "yes, quite lovely" ao descrever uma cachoeira com 2km de largura por 100m de altura e transformar em "ducaralho" ("la raja" p'a los chilenos) para ter o teor exato da situação descrita;
4) Estadunidense matraca: [opn]
Basta cortar metade das palavras para descrever e você acaba com uma descrição um tanto adequada dos atrativos;
5) Guias de turismo: [opinião/100]
Dispensa comentários
6) Velhos viajantes sul-africanos: ["opinião"]
Por fim encontramos uma categoria que nos passa descrições perfeitas com opiniões ponderadas sobre assuntos pertinentes. Os tiozinhos sul-africanos, além da simpatia, sabem tudo do sul da África, são admiradores e respeitam a natureza, boa conversa, bom gosto para comer e beber, enfim: 100% opinião!
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