sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Entender ou Não Entender II

Em Salvador, nas últimas horas de 7 de setembro de 1999, enquanto todos curavam a ressaca do feriado nacional, meus irmãos e eu chorávamos o falecimento de papai. Na última mirada que lhe dei, antes de deixar os funcionários procederem com os práticos - que meu primo Guto carinhosa e bravamente enfrentava em nosso lugar - percebi que papai carregava uma simpática correntinha de prata com um pingente do que parecia ser uma pessoa com cabeça de elefante e muitos braços, que imediatamente tomei para mim e pendurei em meu pescoço.

Logo descobri que era Ganesh, filho de Shiva, uma das principais deidades hinduístas. Deste dia em diante, por muitas vezes pensei que deveria saber a fundo qual o significado do pitoresco ícone indiano que carregava em meu peito, para, entre outras coisas, não passar aperto quando questionado. Porém, acabei perdendo a correntinha em alguma gaveta, juntamente com seus significados.

Quando Maca e eu decidimos viajar, fomos obrigados a arrumar a casa e muitos objetos havia muito perdidos foram reencontrados e novos destinos lhes foram dados. Entre estes objetos, encontrei a tal correntinha e, após a devida limpeza, ela voltou a me acompanhar para esta longa jornada.

À medida em que se aproxima nossa visita à Índia, a tal questão do significado de Ganesh voltou à tona e passou a me perturbar insistentemente. Que divindade é esta? O que as pessoas devem pensar quando vêem este símbolo pendurado em meu peito? O que devo dizer às pessoas a respeito?

Em meio a estas questões que vinham me assombrando ao longo das últimas semanas, percebi finalmente que, além de todos os significados que ele carrega e seguirá carregando misticamente através dos séculos, há, para mim, um significado muito mais importante e fundamental: era o pingente de papai, e isso basta.

3 comentários:

Scubidu disse...

Fala Celo, Maca,

mesmo nao tendo nos encontrado antes de sair, tenho seguido as aventuras a distancia pelo blog. Uma coisa, se vcs passarem elo Egito e pelos EMirados Arabes me avisem que tem um pessoal que eu conheço e que seria legal vcs encontrarem. Abs! Scubi

Anónimo disse...

Uma música que tem feito com que eu me lembre muito de vocês. Saudades ....... Carol.

Eh, vida, vida
Que amor brincadeira, Vera
Eles amaram de qualquer maneira, Vera
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor vale amar

Eilá, que pena
Que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor vale amar
Qualquer maneira de amor vale a pena
Qualquer maneira de amor valerá

ELES PARTIRAM POR OUTROS ASSUNTOS, MUITO
MAS NO MEU CANTO ESTARÃOSEMPE JUNTOS, MUITO

Qualquer maneira que eu cante este canto
Qualquer maneira me vale cantar

Eles se amam de qualquer maneira, Vera
Eles se amam é pra vida inteira, Vera
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá

Besosssssssssssssssssss.

Guilherme Jotapê Rodrigues disse...

Meus queridos.

Vocês e o pingente do Celo, são as provas vivas de que para chegar ao sucesso (em qualquer circunstância) é preciso mudar de cabeça ;).

Apaixonantes.

Beijo